O REVERSO DO DESTINO
(Personagem Laura - Vilã, boa moça? Quem ela é?)
CAPÍTULO 2
Na manhã seguinte, Laura iniciou
seu primeiro dia de trabalho na residência dos Lutz. Estava pronta para executar
o que lhe fora designado e não poderia falhar. Para começar, precisava conhecer toda
a casa, cada recanto. Segundo Leo, a família possuía muitas joias de
valores inestimados, a maior parte delas guardadas em um cofre.
E onde existem cofres, além de joias e dinheiro, podem existir segredos. O que ele
não pôde
informar à namorada
era onde ficava camuflado o tal cofre, pois o último motorista que
trabalhou para Sandra, um velho amigo de
seu pai,
não conseguiu descobrir a exata localização.
Leonardo já a namorava há um ano
e o casal se
conheceu nas noites da Lapa. Ele
era um
jovem malandro que havia completado vinte e cinco anos
e vivia à
custa dos pais, um casal de classe média alta da zona sul
carioca. Nenhum dos genitores sabia dizer não ao complicado e
rebelde filho. Leo era um barril de problemas para a família, não tinha um bom
prognóstico pela frente e Laura parecia não se preocupar muito com isto, talvez
por não ter um passado tão puro também. Ele
sabia que a namorada
queria
muito o dinheiro o qual pretendia arrecadar com aquele furto.
Além disto, ela era
uma peça
fundamental, pois sabia como descobrir o segredo do cofre. A
moça tinha
seus talentos e dentre estes, arrombar cofres, descobrir segredos, violar
senhas e até mesmo invadir o mundo virtual.
Sua tarefa principal agora, conforme
orientação do namorado, seria descobrir a localização do cofre para depois colocarem o plano em ação. Sabia
que
levaria um tempo considerável, pois a cobertura era enorme.
Teria
que ter
paciência e ganhar a confiança de todos ali, não só da família, mas
também dos empregados. E estes, às vezes, podiam ser mais perigosos do que
os próprios patrões. Laura tinha ciência de que, em algumas casas, os empregados tentavam
prejudicar uns aos outros por motivos diversos: ciúmes, inveja, proteção
e fidelidade aos patrões...
E ela sentia que deveria começar por Vera, a governanta. Esta,
que a
recebeu novamente do mesmo jeito seco e frio, o que talvez não fosse um bom
sinal; ou então, a mulher deveria ser assim mesmo,
amarga.
Porém, a babá novata não poderia correr riscos. Vera era o
seu
primeiro desafio e iria vencê-lo. E caso não conseguisse,
daria um jeito de tirá-la do seu caminho. Leo tinha seus
propósitos e sua cúmplice, a seu turno, tinha os dela e não estava se
infiltrando ali para brincadeiras.
Sandra a recebeu amavelmente, como da
primeira vez, e mostrou-lhe seus aposentos
de babá,
que a agradaram. Para uma empregada, eram bem
confortáveis. Poder-se-ia dizer que era quase um quarto de boneca. A
patroa, nesta ocasião, vestia roupas de ginástica; ia todos os dias a uma
academia não muito longe de casa e só retornava na hora do almoço. Marcelinho
estudava de manhã e uma de suas incumbências, seria levar o garoto e
pegá-lo na escola, tão logo as férias do meio do ano terminassem.
– Bem, Laura, eu preciso que você acompanhe o
Marcelinho, pois apesar do motorista poder levá-lo sozinho, acho melhor ele ter
uma companhia, alguém para conversar. Uma presença feminina, mais
maternal,
sabe.
– Pode deixar, ele não se atrasará.
E nos daremos bem.
A moça achava que sua
patroa era
um tanto distante do menino, pois agia como se fosse uma estranha
e nunca o
chamava de filho. Era sempre “Marcelinho pra cá”, “Marcelinho pra lá”.
– Qualquer dúvida, você pode pedir ajuda à
Vera. Ela parece durona, mas é um doce, você vai ver... –
Sandra deu
uma tapinha de leve no rosto de Laura, como se fossem amigas íntimas.
– E depois que ele voltar da escola?
– Às terças e às quintas-feiras, ele frequenta um curso
de informática no horário da tarde, mas nos outros dias fica livre para sair
e brincar
com os colegas.
Sandra se ajeitava em frente a um
espelho grande e oval que ficava em uma das paredes da sala
principal.
Ela parecia
estar com pressa em sair.
– E durante esse período
de férias, o que ele fará na parte da manhã?
– Ah... – A outra mulher
parecia não ter pensado a respeito. – Ele pode ir à praia, à piscina, enfim... É
só você me avisar antes, afinal de contas, férias são férias, não é mesmo? – disse
e piscou o olho, saindo apressada em direção à porta principal.
Depois que Sandra saiu de casa, Laura foi até seu
quarto guardar suas roupas e outros objetos pessoais. Não levou tanta coisa,
pois quando fosse embora dali, teria que levar o mínimo consigo. Talvez quase nada. O que
trazia
era essencial
e
suficiente. Enquanto ela verificava seu armário de roupas, Marcelinho entrou no quarto e a
babá não
percebeu de início sua presença, tomando um grande susto quando
se virou e o viu ali parado, com o olhar fixo em sua nova
guardiã:
– Que susto! – Laura chegou a levar a
mão ao peito, mas riu em seguida.
O garoto abaixou a cabeça, sem jeito.
– Desculpe, foi sem querer.
Refeita do susto, preferiu deixá-lo mais
à vontade; precisava fazer amizade com o menino, senão poderia
perder o emprego antes de conseguir o que queria.
– Ah, está tudo bem. Eu é que ando
assustada à toa. – De repente, lembrou-se da recomendação de
somente falar com ele em Inglês.
– I´m
sorry, but we can´t talk in Portuguese.
Ele olhou assustado ao ouvi-la dizer que não
poderiam conversar em
Português. Não que o garoto tivesse entendido, pois
não entendera. Apenas achou muito estranho
aquele jeito
de a babá falar.
– O que você disse? – questionou, com as
longas pestanas tremendo.
Laura agora é quem estava sem entender, pois
Sandra lhe dissera que o menino tinha umas poucas
noções daquele idioma, mas ele não entendeu uma frase básica. Embora
estivesse ali com objetivos bem diferentes do que os
patrões poderiam imaginar,
sua formação em Inglês não era mentira. Percebia que o menino
não entendera uma palavra. Então, insistiu para confirmar
se estava certa:
– Talk in English,
please – gesticulou em direção à boca para que ele entendesse que deveria
falar somente em Inglês. Mas, Marcelinho parecia não entender
nada mesmo. Tanto que lhe deu as costas e saiu do quarto, sem dizer mais nada.
– Que merda!
Ela praguejou baixinho
e continuou
arrumando suas coisas, pensando em como resolveria aquele primeiro impasse. Teria
que
enganar Sandra, o que não lhe parecia ser muito difícil, pois Marcelinho havia gostado de
sua nova babá. Ela não
poderia perder a confiança do garoto.
Como Laura não era de demorar em
suas decisões e ações, arrumou-se e foi até o quarto do
menino, que estava quieto e jogando videogame, para variar.
Parece até um autista, pensou, quase
achando graça de sua comparação maldosa:
– Posso falar com você?
Fechou a porta e se aproximou dele, que a encarou curioso.
– Pode. Desse jeito você
pode.
Ela riu e fez um gesto com o dedo indicador,
pedindo para que falasse baixo. Laura pressentia que, pelo
fato de ser nova na casa, alguém poderia estar ouvindo atrás da porta.
Seria o que ela faria, no lugar dos moradores ou empregados mais antigos.
– Eu estou aqui por sua causa, Marcelinho,
você sabe.
Ele balançou a cabeça
afirmativamente e ela continuou:
– Então... sua mãe me pediu que eu
te ensinasse a falar em Inglês, porque ela acha que a melhor
maneira de se aprender outro idioma é praticando,
entendeu?
Ele franziu as sobrancelhas e parecia confuso.
– Minha mãe?
– Sim, a Sandra – respondeu
displicentemente.
Ele se levantou da poltrona que ficava em
frente ao videogame e foi até a janela do seu amplo quarto. Marcelinho
estava
pensativo e triste.
– Ela não é minha mãe.
O garoto a encarou sem piscar. Laura
não
esperava aquela resposta.
– Não? Mas... então, o que ela é sua?
– Nada – disse e olhou sério
nos olhos
da babá. – Minha mãe morreu.
***
Sandra já estava se exercitando em uma esteira
da academia,
simulando uma caminhada rápida, quando seu telefone celular tocou. Era Vera.
– Fala, Vera. – Estava ofegante, mas não parou o exercício.
– Ah é?... humm, sei... falando em Português? – Fez
um semblante
contrariado. – E o que mais você ouviu? Tá bom, tá bom... só isso? Continue de
olho, OK? Tchau – despediu-se com a voz vacilante.
Ela prendeu o aparelho na cintura novamente,
mas não demorou nem um minuto e recebeu outra ligação, desta vez de um número
restrito. Seu sorriso indicava que sabia de quem se
tratava:
– E aí, meu amor? – perguntou, derretendo-se ao
ouvir a
voz masculina de seu interlocutor. – Estou com saudades, sim, eu
quero te
ver logo. Ah, precisamos conversar, sim, muito
mesmo. – Falava
quase gemendo, sentia tesão ao ouvir aquela voz. – Então tá, deixa
eu acabar aqui, porque não posso fazer isto e falar ao mesmo
tempo – ria de um jeito dengoso.
– Eu sou sua... – disse gemendo e desligou
em seguida, voltando a se concentrar na esteira.
Quando terminou seu horário, despediu-se
de alguns amigos, que estavam nos aparelhos de musculação, com um rápido aceno.
Pegou seu
carro no estacionamento da academia, mas não foi direto para
casa. Tinha que passar antes em outro lugar
para resolver
um assunto muito importante.
Seu trajeto não foi longo, pois não
sairia da Barra da Tijuca. Estacionou em frente à Delegacia de Polícia Especializada
em Homicídios
e entrou no local, apresentando-se no balcão de
atendimento. Foi atendida por uma mulher que não era policial,
pois nas conhecidas delegacias legais do Rio de Janeiro, os responsáveis pelo
atendimento prévio ao público são profissionais e estagiários de áreas como
Psicologia, Assistência social etc. A técnica perguntou o que Sandra
desejava e
ela respondeu tranquilamente:
– Preciso falar com o inspetor Douglas, ele
está?
– Está sim, aguarde só um minuto que eu vou
chamá-lo.
A técnica já saía para chamar o
policial, quando voltou e lhe fez uma nova pergunta:
– É sobre alguma ocorrência,
senhora?
Sandra sorriu discretamente
e apoiou os braços sobre o balcão, respondendo:
– Diga a ele que é sobre o desaparecimento da menina
Jéssica Lutz, por favor.
O olhar da efusiva mulher, que Laura
analisara no dia anterior como tranquilo, agora estava sombrio.
***
– Sua mãe morreu? – Laura não entendia aquilo.
Entrou naquela casa, pensando que Sandra fosse a mãe de Marcelo, embora a mesma
nunca tivesse se apresentado como tal. Só agora ela refletia a respeito.
– A Sandra é minha madrasta. Minha mãe era prima
dela.
– Oh, me desculpe, eu não sabia.
Na verdade, ela não se emocionava
tão facilmente, só estava curiosa. Os olhos do garoto estavam úmidos, mas ele se
esforçava para disfarçar.
– Mas e o Sr. Werner? – continuou.
– Ele é meu pai... era casado com a minha
mãe.
Laura tentava montar um histórico familiar sem fulminar
a criança de perguntas. A paciência, em certos momentos, era uma virtude nela,
normalmente uma pessoa esbaforida e impulsiva demais.
– Ah, é?
De repente alguém bateu na porta, fazendo a
babá
repetir o sinal com o dedo para que o garoto ficasse quieto. Ele entendeu e
obedeceu.
– Sim? – Ela respondeu à
chamada.
– Sou eu, Vera. Está tudo bem? – A governanta falava do
lado de fora, no corredor. Laura abriu a porta e sorriu para a mulher
desconfiada.
– Oi, Vera. Eu estava tentando
fazer o Marcelinho me dizer algo em Inglês, mas está difícil... ele deve estar tímido –
disse e virou a cabeça na direção do menino, que começava a desligar o videogame
sem se importar com a presença da severa mulher no quarto.
A governanta olhou para o garoto, que mantinha
seu olhar calmo e distante de sempre, e para Laura.
Esta com seu sorriso simpático e ao mesmo tempo cínico.
– É? Continue tentando, então. A dona Sandra quer muito
que ele aprenda logo e ela ficaria muito aborrecida se soubesse que você
não
conseguiu.
Laura gelou, sentia aquilo como uma ameaça e
esboçou outro sorriso.
– Pode deixar, eu insistirei. É assim mesmo,
hoje é o
primeiro dia.
Vera saiu do quarto sem dizer mais nada
e Laura
fez uma careta pelas suas costas, dizendo baixinho:
– Bruxa.
– Eu também acho. – Marcelinho estava
rindo agora.
– Acha o quê?
Não acreditava que ele tivesse ouvido, já
que ela praticamente
sussurrou o insulto.
– Que a dona Vera é uma bruxa. – Ele colocava as mãos
pequenas sobre os lábios, tentando abafar o riso.
Laura tentou se manter séria, mas também riu.
Em seguida, procurou se mostrar mais adulta e responsável.
– Olha só, eu não deveria ter dito aquilo,
OK? Não
repete, não, tá bom? – O sotaque carioca
arrastado, em nada combinava com a sua falsa postura de babá.
– Tá bom! – Ele ria com vontade
e parecia
que não se divertia muito ultimamente. – Eu acho você legal.
– Acha?
Ela se sentiu desconfortável com aquilo,
estava ali com objetivos escusos e o garoto a achava “legal”.
– Você é engraçada. Eu quero que você
fique aqui.
– Então temos que combinar uma coisa...
– esta era a deixa de que precisava. Já havia conquistado a criança.
– O quê?
– Se a Sandra descobrir que não
estou falando em Inglês com você, ela me despede.
Marcelinho ficou desanimado.
– Mas eu não sei falar em
Inglês. Na escola eu estudo só Francês.
Laura piscou o olho
para ele e explicou:
– Calma, eu posso te ensinar. Eu vou te explicar
direitinho, em Português, mas quando as outras pessoas da
casa estiverem por perto, você fala em
Inglês o
que já tiver aprendido, entendeu?
Ele se entusiasmou
com a ideia, pois o fato de fazer algo proibido e mantê-lo em segredo excitava-o.
– Você vai aprender, a
Sandra vai
gostar e eu não vou ser mandada embora. E o melhor: vamos poder
conversar sempre. – Laura sorria malandramente.
– Legal!
– Mas temos que conversar assim, como agora: baixinho. Ninguém pode saber,
senão...
– Eu sei, a bruxa fica ouvindo atrás das portas
– sussurrou.
– Fica mesmo, já deu pra perceber, né? Combinado, então?
O pequeno cúmplice acenou afirmativamente
com a cabeça.
– Então bate aqui – Laura
falou em um tom animado e estendeu a palma da mão para ele, que entendeu o gesto de
cumplicidade e bateu, selando o pacto com sua nova babá.
– Pode deixar, Laura, que
eu sei guardar segredos! –
disse, com os olhos brilhando.
***
Já de noite, após todos jantarem, Laura foi para o
seu quarto.
Marcelinho
adquirira o hábito de
dormir cedo para conseguir acordar para a escola
no dia seguinte. Mesmo estando de férias não conseguia mais acordar
tarde. Ela, por sua vez, já estava de camisola quando a campainha tocou
por volta das vinte e duas horas. Ouviu Sandra falando em
tom alto e meloso: Amor, que saudade... e fez cara de nojo; odiava mulheres assim.
Gostava
de Leo por
causa de seu jeito rude – adorava a rebeldia do amante. Ele a levava aos lugares mais
inusitados para transarem, os menos românticos possíveis. Era um louco e ela apreciava
a sua loucura. E
pensava
nele, quando ouviu Sandra batendo de leve em sua porta.
– Laura? Ainda está acordada?
Deu um muxoxo quase inaudível e disse em
tom falsamente amável:
– Estou, sim, senhora...
já vou, só
um minuto.
Colocou um robe por cima da camisola e abriu a
porta para a patroa que, sem a menor cerimônia e inesperadamente, fez seu esposo entrar
no quarto
da empregada. Werner Lutz era branco, de
cabelos
escuros e ligeiramente grisalhos, bem alto e bonito. Possuía
o charme
de um homem de quarenta e poucos anos e um sorriso ligeiramente
cínico.
Instintivamente, fechou mais o robe e sorriu para o patrão que a olhava
intensamente. Werner parecia alheio à presença de sua indiferente esposa.
Na verdade,
parecia que Sandra fazia questão de aproximar
os dois. Laura achava sua atitude estranha, mas manteve sua pose
de moça comportada.
– Laura, este é o meu marido,
Werner...
– Muito prazer, Sr. Werner – sorriu e estendeu a mão
para cumprimentá-lo.
O imponente homem cumprimentou-a e,
rapidamente, fez uma carícia discreta com o polegar na mão delicada. Laura
ficou apreensiva, com medo de que sua esposa tivesse
percebido, pois ele não
disfarçou muito o gesto. Contudo, a mulher não parecia
ter visto ou então não se importou com aquilo.
– Espero que você goste de trabalhar
conosco – ele disse e cruzou os braços.
Sandra permanecia ao seu lado
e ambos
olhavam para a funcionária, deixando-a pouco à
vontade.
– Eu também – respondeu com um
sorrisinho amarelo. Que saco, será que
posso ir dormir agora? – pensou.
– Fique à vontade e seja muito bem-vinda –
disse Werner em tom afável e Sandra o puxou
pelo braço,
sorrindo.
– Bem, amor, acho que a Laura quer descansar
agora, não é mesmo? Ela já está até de camisola.
Laura teve que se conter para não xingar aquela
mulher, pois parecia que jogava o marido para cima dela.
Enganara-se quando fizera sua primeira avaliação de Sandra. Esta mulher, de
dócil, não tinha nada.
– Sem problemas, dona Sandra –
respondeu secamente.
Para seu alívio, os patrões saíram de seu
quarto logo em seguida. Agora que estava sozinha, aquele seria o primeiro
aposento a ser vasculhado. Não acreditava que houvesse qualquer coisa
importante
ali, mas vasculharia até os banheiros se fosse preciso. Quando fazia alguma coisa, fazia direito e
se houvesse mesmo um cofre naquela residência, ela encontraria... com toda a certeza.
Era uma mulher obstinada, jamais desistia do que queria; quando muito, às vezes,
adiava um pouco seus planos, mas sempre retomava suas investidas. Talvez, por
esta razão, colecionasse desventuras em sua vida. Não gostava de recuar, não
mudava seus planos. Acreditava que o destino já estava traçado a partir de uma
primeira ideia e que deveria se arriscar sempre. Quando se dava mal a culpa era
dele, do destino... o problema era que raramente se dava bem e, por isto,
passou a crer que sua sina fosse maligna, que seu destino fosse diabólico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário